terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Homúnculos Ordinários

Por Magno Sousa

Homúnculos ordinários, quem és tu?
Para ser tão frio e tão calado...
Tu que não transbordas e nem frutificas...
Tuas raízes só chegam perto, e
Nem tão longe;
Tu que apenas é raso
E apenas isso...
Tu não te acordas...
Onde está você?
E onde estará você?
Se ao menos soubesses...
Homúnculos ordinários...
Não deixe que a pequenez de tua alma te engane...
E a largura de teus erros te resseque...
Batalhas foram travadas para ti...
Desperdiças tempo...
Tu deleitas-te com lixo e veneno...
Os teus olhos não compreendem a luz as minhas palavras...
Os teus ouvidos não ouvem o visual estupendo da realidade
Que te apresento...
As tuas narinas não saboreiam o sabor da vitória
Que é uma transformação...
O teu tato, homúnculos ordinários,
Apenas sente os fenômenos do engano,
Tu aceitas a agonia d desespero, envoltado de
Encanto e surpresas...

O que tens sido você homúnculos ordinários?
Uma lastima
Um apreço?
Vergonha?
Motivo?
Rizo?
Nada ou tudo?
Responda, para que a tua fala cale a minha...
O Grande Assassinato


Por Magno de Sousa
Dentre todos os assassinatos
O pior que acontece...
Sucede quando aqueles
Que assassinam a sua mente...
E afloram as raízes da tirania...
Criam regalias à oligarquia
E além do mais...
Utilizam o seu corpo...

Assassinato mental...
Destruição arbitral...
Deturpação de valores...
Deturpação moral...
Propiciarão e efetivação
Da escravização corporal...

Tiranização dos desejos...
Proliferação das paixões...
Amplitude da angústia
Vida em recequidão...

Olhos a lacrimejar lamúrias...
Corpos esboçando excitação...
Homens a coisificar o mundo
Homens a viver solidão.
Dizendo Sim

Por Magno Sousa

Há muito tempo o meu corpo só diz sim...
Sim para os deleites
Sim para as entregas
Sim para os calores e ardores...
Sim para, brutalidades e atrocidades irreparáveis.
Sim a ódio e rancores
Como a tantas vicissitudes infindáveis

Quem me ensina a viver?
Mil braços erguidos...

Quem me ensina a genuidade
e a ingenuidade?
Mil braços tolhidos!

Minha razão há tanto tempo só diz sim:
Sim à geometria
Sim ao combate à filodoxia...
Sim a homens fortes e esclarecidos
Sim, a também, a seres determinados, positivados e
Esquecidos...
Sim à harmonia e a ordem
Sim ao controle, vigilância e à desordem...
E doravante...
Sim à filosofia.
Explosões

Por Magno de Sousa

Namoro é entrega...
Paixão é dominação...
Paz é harmonia...
Ódio é fixação...

Prepotência é auto-enganação...
Amor é plenitude e
Permanência...
Luxúria é ambição desmedida...
Rizo é musicalização do
Eu interno...

Choro é espatifar-se...
Conversa é sintetização dos espíritos humanos...
E
Silêncio é a quietude da angústia...
Falência


Por Magno de Sousa


As instituições falharam...
Igreja, estado e escola...
O que realmente
Têm acontecido neste mundo?
Nunca mais vi o falso horizonte
Que me resguardava e...
Fazia-me tão feliz.
Por que as agonias das multidões moribundas
Não me machucam mais?
A corrupção que outrora, tanto perseguia e rechaçava.
Hoje já faz parte do meu ser...
Como posso amar aquele que destrói o meu sonho?
É tão fácil viver, e tão difícil pensar...
E tão fácil viver, e tão fácil se vender...
Só existem três tipos de sorriso:
O singelo sorriso proletário por tudo aquilo
Que é pouco e baixo...
O grito eufórico desta geração zumbi...
E as infindáveis gargalhadas burguesas...

O meu ar, ou o nosso ar, o ar.
Dos guerreiros resistentes e íntegros,
Os que ao menos desejam ardentemente o sopro vital da arte,
Criação, verdade e liberdade têm sido as...
Oportunidades de manifestar essa
Brutalidade...

Este é o apelo à mudança...
Mudar ao que se quer...
Transformar e jorrar...
Jorrar neste planeta não apenas flores hippies...
Não apenas psicodelismos fantásticos ou
Riffis fascinantes de guitarra...
Mas também...
Uma felicidade e vida que nos dê orgulho
De pertencer à raça humana.
A Arte de Morrer



Por Magno de Sousa


Eu quero ouvir musicas
Musicas a saborear...
Eu quero saborear vidas
E também a minha própria...
Quero deleitar-me em cânticos, versos, poemas e prosas...
Quanto a orgulhar-me sobre as magnitudes de meu epitáfio
Em relação a morrer
Se houve um ponto apenas que pude conhecer...
Morrer é desconectar...
Morrer é desindividualizare
Também propagar...
Dispersão de si mesmo...
E também, aos outros que a ti esperam...
Quantos aos infindáveis que contigo
Entrelaçar-se-ão...
Estar morto é encontrar-se em perplexidade e em vigilância...
Decorrida há dias...
Achar-se morto é...
Identificar-se às substâncias
Silenciosas e silenciadas da
Dinâmica transformativauniversal.
Morrer é um contínuo estado-acionário
Da desagregação e de desaglutinação
Dos átomos da vida.
Morrer é compreender que meus átomos permanecerão
Eternamente...
A
vagar...
A fabricar...
E a transformar, de forma
Combinatória...
As futuras e extraordinárias formas de expressão de vida...
Que se prontificarão ou não
Ao filosofar...