terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A Arte de Morrer



Por Magno de Sousa


Eu quero ouvir musicas
Musicas a saborear...
Eu quero saborear vidas
E também a minha própria...
Quero deleitar-me em cânticos, versos, poemas e prosas...
Quanto a orgulhar-me sobre as magnitudes de meu epitáfio
Em relação a morrer
Se houve um ponto apenas que pude conhecer...
Morrer é desconectar...
Morrer é desindividualizare
Também propagar...
Dispersão de si mesmo...
E também, aos outros que a ti esperam...
Quantos aos infindáveis que contigo
Entrelaçar-se-ão...
Estar morto é encontrar-se em perplexidade e em vigilância...
Decorrida há dias...
Achar-se morto é...
Identificar-se às substâncias
Silenciosas e silenciadas da
Dinâmica transformativauniversal.
Morrer é um contínuo estado-acionário
Da desagregação e de desaglutinação
Dos átomos da vida.
Morrer é compreender que meus átomos permanecerão
Eternamente...
A
vagar...
A fabricar...
E a transformar, de forma
Combinatória...
As futuras e extraordinárias formas de expressão de vida...
Que se prontificarão ou não
Ao filosofar...

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